O câncer é uma das doenças que mais tem crescido nos últimos anos. Somente em 2022 o mundo teve mais de 20 milhões de novos casos e 9,7 milhões de mortes relacionadas à doença.
A dieta para pacientes com câncer desperta muitas dúvidas entre os profissionais de saúde, mas estar por dentro das condutas adequadas é fundamental para reduzir a chance de mortalidade.
O tratamento nutricional no câncer pode aumentar a sobrevida do paciente em até 5 anos e tem um papel essencial na cura dos casos descobertos em estágio inicial. Por isso, confira a seguir os principais mitos e verdades sobre a alimentação no câncer.
10 mitos e verdades sobre a dieta para pacientes com câncer
1. Uma alimentação saudável pode curar o câncer
Mito. A dieta, sozinha, não tem poder de cura, mas contribui para melhorar a qualidade de vida e o ciclo de tratamento, por isso a importância da nutrição oncológica. O tratamento médico com radioterapia e quimioterapia continua sendo arma para a cura.
2. Pacientes com câncer devem eliminar o carboidrato da alimentação
Mito. O carboidrato é a principal fonte de energia do corpo, portanto não pode ser eliminado completamente da dieta. Opte por opções ricas em fibras e evite alimentos ricos em açúcar. Um nutricionista com especialização em nutrição oncológica pode ajudar orientando sobre o consumo adequado de carboidratos para pacientes com câncer.
3. Carne vermelha dá câncer
Mito. O consumo de carne vermelha ainda não foi estabelecido como causa direta de câncer. No entanto, quando a carne vermelha é cozinhada em altas temperaturas, é possível que se formem compostos químicos como aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que são considerados substâncias cancerígenas. Pode acontecer também de, no processo digestivo, substâncias das carnes vermelhas formarem N-nitroso compostos, que têm potencial carcinogênico.
4. Leite piora o quadro de câncer
Mito. O leite só deve ser evitado por pacientes com câncer que tenham intolerância a lactose ou sofrem de problemas digestivos com frequência. Não existe relação entre leite e inflamação.
5. Glutamina não é indicada em casos de câncer avançado
Verdade. Embora a glutamina contribua para reduzir a perda de massa muscular no câncer, ela não é indicada em casos de câncer avançado pois aumenta o risco de efeitos colaterais.
6. Alimentos coloridos ajudam a prevenir o câncer
Verdade. Os antioxidantes dos alimentos coloridos contribuem para prevenir o câncer mas não aumentam as chances de cura após o diagnóstico positivo. Seu consumo é aconselhável, mas sem sensacionalismo.
7. A dieta hiperproteica contribui para o avanço do câncer
Mito. Não existem evidências científicas de que uma alimentação hiperproteica possa acelerar a multiplicação das células cancerígenas. As recomendações atuais recomendam de 1 a 2 g de proteína por quilo, evitando excessos ou redução no consumo.
8. Pacientes com câncer devem reduzir a quantidade de gordura na dieta
Verdade. As gorduras saturadas devem ser reduzidas enquanto fontes saudáveis como ômega-3 e ômega-9 aumentadas, devido a sua capacidade anti-inflamatória.
9. A dieta vegana reduz a chance de desenvolvimento de câncer
Verdade. Uma alimentação vegana está relacionada a uma redução na chance de desenvolver câncer, mas os alimentos de origem animal não podem ser desprezados completamente pois são as maiores fontes de proteína de alto valor biológico, ferro e aminoácidos essenciais.
10. Pacientes com câncer podem comer o que quiser para manter o peso e o bom estado nutricional
Verdade. Restrições alimentares não são a melhor estratégia para incentivar a alimentação no câncer. O ideal é balancear o consumo de alimentos saudáveis com alimentos que o paciente gosta, mas que não oferecem uma nutrição adequada. Um especialista em nutrição oncológica é a pessoa indicada para criar um programa de alimentação adequado nesses casos.
Por que fazer uma pós-graduação em nutrição oncológica?
As recomendações e orientações para pacientes em tratamento de câncer sofrem mudanças a todo momento, conforme as descobertas da ciência. O aumento nos casos de câncer apenas reforça a importância do nutricionista oncológico no tratamento e prevenção da doença.
Além de maior valorização profissional e salarial, a pós-graduação é indicada para enriquecer o conhecimento adquirido na sua formação e em muitos casos costuma ser a porta de entrada no mercado de trabalho.
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